sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

EDUCAÇÃO ESPECIAL

É preciso deixar de lado a visão de aluno “deficiente e incompleto “ e fazer prevalecer uma visão sócio antropológica da educação vendo o aluno como portador de diferenças individuais. A diversidade não é defeito e merece receber da escola respostas educativas de qualidade .
     A Constituição Federal – 1998 e a lei de Diretrizes e Bases da Educação – n° 9.394/96, estabelecem que a Educação é um direito de todos , garantido atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência .
    Educação inclusiva – é  um movimento internacional. O Brasil está engajando nele, pois cerca de 15 milhões de brasileiros portadores de deficiências aguardam a oportunidade de participar plenamente da vida em sociedade, como têm direito.
  A Educação inclusiva propõe que todas as pessoas com necessidades educativas especiais sejam matriculadas na escola regular.
 Para isso , a escola precisa ser democrática e aprender a individualizar o ensino aos PNEE, pois sabe-se que se bem orientados, tem potencial  para se desenvolver e se auto-realizar.
  O que se defende é uma sociedade inclusiva , que estabeleça um compromisso com as minorias.
  A escola exerce sua função democrática não só quando recebe a matrícula do aluno com necessidades especiais , mas quando acolhe, educa e ensina a todos , respeitando as diferenças individuais, estimulando em especial o desenvolvimento pleno de cada um. A escola deve ser aberta pluralizada e de qualidade.

sábado, 17 de dezembro de 2011

A AFETIVIDADE COMO MEDIADORA DE CONFLITOS NA ESCOLA

                       A afetividade como mediadora de conflitos na escola”

          A crise na educação nos remete a uma imensa reflexão sobre as múltiplas funções que o educador vem exercendo nas últimas décadas. Pesquisas apontam  que quase 50% dos professores brasileiros apresentam sintomas de estresse ou depressão. Os mais jovens são os que  têm mais dificuldades para lidar com os problemas da profissão; muitos optam por abandonar o oficio.

Frente aos problemas elencados, a escola é um espaço de multiplicidades, onde diferentes valores, experiências, concepções , culturas, crenças e relações sócias se misturam e fazem o cotidiano escolar uma rica e complexa estrutura de conhecimentos e sujeitos. Essa rica heterogeneidade que permeia a escola acaba por confrontar com uma estrutura pedagógica que está baseada num padrão homem e sociedade, que considera a diferença de forma negativa, gerando assim uma pedagogia excludente. É mister que a escola espera que os alunos atendam a certos valores e regras, que normalmente são desconhecidos por eles.

    Percebe-se que alguns alunos quando são repreendidos pelos colegas, professores e coordenadores, apresentam comportamentos agressivos e um alto grau de irritabilidade, sendo estes fatores que dificultam nas relações entre eles e outros. Interessante ressaltar que , apresentam atitudes antagônicas , pois ao mesmo tempo em que são “agressivos” e “sem limites “, momentos depois, são dóceis e capazes de mostrar atitudes de carinho e companheirismo entre eles e com os professores.

   Diante do exposto, acredito com veemência, no potencial transformador da educação por meio da afetividade como mediadora de conflitos. É necessário enxergar o aluno como ser individual, pensante que constrói o seu mundo, espaço e o conhecimento com sua afetividade, suas percepções, sua expressão, sua crítica, sua imaginação, seus sentidos. A afetividade no ambiente escolar contribui para o processo ensino-aprendizagem considerando, uma vez que, o professor não apenas transmite conhecimentos, mas, também ouve os alunos e ainda estabelece uma relação de troca. Devem dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, expondo opiniões, dando respostas e fazendo opções pessoais.

  Afinal, a afetividade não se dá somente por contato físico; discutir a capacidade do aluno, elogiar seu trabalho, reconhecer seu esforço e motivá-lo sempre, constituem formas cognitivas de ligação afetiva, mesmo mantendo-se o contato corporal como  manifestação de carrinho.

  O desenvolvimento do potencial humano precisa da solidariedade e da empatia de um olhar afetuoso, de uma mensagem de esperança independentemente de suas crenças. Para que o ser humano alcance horizontes mais amplos e para que tenhamos a certeza de que os virão, serão melhores do que aqueles que o prepararam, portanto, tornaram-se indispensáveis que o carinho e o estimulo sejam elementos que abram as janelas para o futuro.

 CRISTIANE AGUIAR